"Se é sempre outono o rir das primaveras,
Castelos, um a um, deixa-os cair...
Que a vida é um constante derruir
De palácios do Reino das Quimeras!
E deixa sobre as ruínas crescer heras,
Deixa-as beijar as pedras e florir!
Que a vida é um contínuo destruir
De palácios do Reino das Quimeras!
Deixa tombar meus rútilos castelos!
Tenho ainda mais sonhos para erguê-los
Mais alto do que as águias pelo ar!
Sonhos que tombam! Derrocada louca!
São como os beijos duma linda boca!
Sonhos!... Deixa-os tombar... deixa-os tombar..."
(Florbela Espanca, RUINAS)
"Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
ResponderExcluirComo sabes ser doce e desgraçada!
Como sabes fingir quando em teu peito
A tua alma se estorce amargurada!9...)"
Florbela Espanca foi uma das homenageadas em um Sarau Literário Piracicabano. A poeta derrubava no papel (todo o preconceito, sofrimento,perseguiçâo, seu desequilíbrio emocional...) em poesias, de forte poder em que parece que ela aspirava por algo além do seu tempo.
Parabéns pelo seu blog ele é muito interessantemente belo e as flores o deixam com um colorido extasiante!
Ana Marly de OLiveira Jacobino
Coordenadora do Sarau Literário Piracicabano