sábado, outubro 25, 2008

RUÍNAS - Florbela Espanca

"Se é sempre outono o rir das primaveras, Castelos, um a um, deixa-os cair... Que a vida é um constante derruir De palácios do Reino das Quimeras! E deixa sobre as ruínas crescer heras, Deixa-as beijar as pedras e florir! Que a vida é um contínuo destruir De palácios do Reino das Quimeras! Deixa tombar meus rútilos castelos! Tenho ainda mais sonhos para erguê-los Mais alto do que as águias pelo ar! Sonhos que tombam! Derrocada louca! São como os beijos duma linda boca! Sonhos!... Deixa-os tombar... deixa-os tombar..."
(Florbela Espanca, RUINAS)

Um comentário:

  1. "Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
    Como sabes ser doce e desgraçada!
    Como sabes fingir quando em teu peito
    A tua alma se estorce amargurada!9...)"
    Florbela Espanca foi uma das homenageadas em um Sarau Literário Piracicabano. A poeta derrubava no papel (todo o preconceito, sofrimento,perseguiçâo, seu desequilíbrio emocional...) em poesias, de forte poder em que parece que ela aspirava por algo além do seu tempo.
    Parabéns pelo seu blog ele é muito interessantemente belo e as flores o deixam com um colorido extasiante!

    Ana Marly de OLiveira Jacobino
    Coordenadora do Sarau Literário Piracicabano

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